Presidente Guebuza
Armando EmÃlio Guebuza foi o homem que materializou as aldeias comunais, os campos de reeducação, a pena de morte, o ’24-20’ e o ‘papel azul’, todas essas medalhas de vergonha à dignidade humana.
Quando soube que era ele o candidato presidencial designado pelo partido do poder berrei aqui o que pensava, a minha revolta e desilusão, a descrença amarga e o profundo receio da corrupção económica, sugadora de recursos, eles exÃguos, ela o polvo que asfixia um viver digno ao povo. Talvez eu estivesse enganado e não passe de um tipo com mau-feitio, irascÃvel e inconveniente, - e tanto que o desejo estar e ser que a simples ausência de escândalos de monta é por mim lida nesta distância com o ânimo de quem receava bem pior.
Mas falta uma coisa: ele, Armando EmÃlio Guebuza e a quem desejo uma historicamente feliz presidência moçambicana, diga publicamente o que nunca foi dito e na sua própria voz, olhos nos olhos, peça desculpa pelos que morreram, pelos seviciados e humilhados, aos que sofreram e hoje mordem os lábios ao recordar. Se com a dignidade que a humildade trás ou se em estudado descuido verbal, ele, devedor do pedido de perdão, que escolha a sua medida e meça o tamanho do peso que no seu Ãntimo o passado de excessos fanáticos acumulou.
Mas faça-o, e depressa. Olhe para mim, olhe para todos, os que recheiam os milhares de quilómetros de distância com o amargo das más recordações e os que, aÃ, olham o futuro sem conseguir esquecer o passado, os desvarios do fanatismo ideológico. Tantos que de si esperam um tanto que também se preenche com esse pouco, e esperam que o faça com a esperança de que é assim que o futuro se constrói, fé (presidencial) gerada na mÃstica da honestidade e da humildade de reconhecer erros que foram muito além do politicamente justificável, o perdão que não se nega à superior verticalidade de quem o pede com sinceridade.
Quando soube que era ele o candidato presidencial designado pelo partido do poder berrei aqui o que pensava, a minha revolta e desilusão, a descrença amarga e o profundo receio da corrupção económica, sugadora de recursos, eles exÃguos, ela o polvo que asfixia um viver digno ao povo. Talvez eu estivesse enganado e não passe de um tipo com mau-feitio, irascÃvel e inconveniente, - e tanto que o desejo estar e ser que a simples ausência de escândalos de monta é por mim lida nesta distância com o ânimo de quem receava bem pior.
Mas falta uma coisa: ele, Armando EmÃlio Guebuza e a quem desejo uma historicamente feliz presidência moçambicana, diga publicamente o que nunca foi dito e na sua própria voz, olhos nos olhos, peça desculpa pelos que morreram, pelos seviciados e humilhados, aos que sofreram e hoje mordem os lábios ao recordar. Se com a dignidade que a humildade trás ou se em estudado descuido verbal, ele, devedor do pedido de perdão, que escolha a sua medida e meça o tamanho do peso que no seu Ãntimo o passado de excessos fanáticos acumulou.
Mas faça-o, e depressa. Olhe para mim, olhe para todos, os que recheiam os milhares de quilómetros de distância com o amargo das más recordações e os que, aÃ, olham o futuro sem conseguir esquecer o passado, os desvarios do fanatismo ideológico. Tantos que de si esperam um tanto que também se preenche com esse pouco, e esperam que o faça com a esperança de que é assim que o futuro se constrói, fé (presidencial) gerada na mÃstica da honestidade e da humildade de reconhecer erros que foram muito além do politicamente justificável, o perdão que não se nega à superior verticalidade de quem o pede com sinceridade.
Faça-o, senhor presidente. Por favor ajude tantos ainda vivos a enterrar de vez o passado e a acreditar (mais) no futuro.
E (ajudinha psicológica, vá lá…) lembre-se que, nestas incensadas democracias que misturam devoção à causa de servir o povo com mediático exercÃcio de poder, um bom polÃtico-actor que assim (nos) falasse com convicção poderia ganhar inimigos polÃticos até à tumba em todos os que para tanto nunca terão tomates, mas, com marketing exaurido em requintes inteligentes, ganharia na aclamação do povo, que agora já é eleitor mas sempre foi observador atento, a auréola de carisma que todos os polÃticos sonham alcançar, ganhadora de eleições e motor anÃmico para as grandes realizações. Pense também nisto por favor, senhor polÃtico, ora presidente da democracia do futuro, (mas…) antes ministro do interior da puta da velha mania da ditadura.
3 Comments:
Um beijo, Carlos Gil _ IO.
Infelizmente, creio que vamos ter de esperar sentados. Provavelmente a exigência do ex-presidente Chissano ( pedido de desculpas por parte dos paÃses colonizadores)será mais rapidamente satisfeita...
Todo e qualquer pequeno ditador aspira a grande ditador. Não me recordo de um ditador que tenha pedido desculpas pelos crimes cometidos. Este não será excepção.
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