Não tarda estamos a vinte - I
Reflectindo:
A esquerda vai ganhar. Toda a direita o sabe e, lê-se nas entrelinhas das campanhas, estão só a tentar minorar o prejuÃzo.
Mas que esquerda ganhará? A das eternas clientelas a satisfazer, tanta história mal contada do passado recente, no fundo uma das razões mais profundas para dizer que neste 'centrão' é indiferente se são os de esquerda adireitada ou os de direita moderadinha a governar?
Depois, há as maiorias e as alianças. Que há de mau nestas, se se acerta em acordos, em apoios? Afinal, é a multiplicação democrática, ora no traçar de rumos para o futuro imediato. Mas, para os homens de fé, compreendo que sonhem com absolutismos que garantam o tudo ou o nada, a aposta toda num único número. Fé, coisa que rareia e faz pensar se não será carência preocupante pois de fés assim somos todos necessitados.
Olhá-los um a um, deter-me no pormenor dos programas... sim, algumas das medidas anunciadas haverá que terão finca-pé para serem aplicadas: há que levantar bandeiras para depois agitá-las aos ventos, se estes se mostrarem desagradáveis em futuras ventanias. Mas lêem-se os programas e desanima-se. Tanta promessa que não é para cumprir, tanto ignorar intencionalmente maldoso da realidade do pote vazio que, uma vez lá, será exibido como desculpa para tudo e mais alguma coisa, i.e. as promessas eleitorais... Não, não é pelos programas que o voto tem de ser decidido, para além das poucas polÃticas realmente estruturantes que são agitadas.
Está-me a parecer que a decisão terá de ser tomada em razões de polÃtica pura, coisa pouco emotiva por fria e racional em excesso. Cada voto nessas circunstâncias é mais uma facada no sonho de cidadania que é votar para o governo do seu paÃs.
Enfim, estou baralhado e só me conforta que - dado certo, quase irrefutável..., contas feitas no fim aos 'meus' e aos 'teus', desta vez eu ganho o campeonato.
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