Futebol - 2005
Li num jornal desportivo que o Boavista terá de receber no Bessa os três grandes. Como ele não descola do 'trio odemira', não só estará ao seu alcance decidir o campeonato como, com um pouco de sorte...
Felizmente vai haver disputa - e da rija! até ao fim. Esta (inesperada?) competitividade desportiva, aliada à clarificação que o célebre "apito dourado" trará, só faz bem ao futebol português. Espero que os dirigentes não entrem nos histerismos que tanto prezam, e saibam, também eles, trazer algo de positivo para o tão maltratado pontapé na bola. Está na hora de os pato-bravos recolherem ao seu habitat natural que, obviamente, não é numa arena desportiva.
E o toto-negócio? As minhas palmas ao Bagão, se bem que só quando viu que o saco tinha o fundo a descoberto é que se lembrou de ir ver como estavam as contas-correntes dos crónicos grandes devedores ao fisco. Ao seu sucessor desejo 'tomates', e que não caia na facilidade de mais um acordo, mais um protelar que incute nos relapsos a sensação de impunidade. As empresas são executadas quando entram em mora nas suas obrigações sociais, os particulares idem se forem faltosos ou quando apanhados em omissões fiscais. Porque raio é que os clubes desportivos, crónicos gastadores de milhões em promessas normalmente ocas, dinheiro esbanjado como não se vê em mais nenhum sector económico, não são obrigados a cumprir as obrigações fiscais decorrentes de tanta loucura acamada aliada às fortunas que o futebol gera?
Estou com fé que o tão falado Estado de Direito chegue aos intocáveis clubes desportivos. Talvez, então, esta coisa do clubismo exarcebado comece a ser questionada, por decorrência o problema das claques fundamentalistas diminuÃdo. Não será em dois ou três anos, mas, como tudo, tem de ter um inÃcio para poder revelar frutos.
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