sexta-feira, janeiro 21, 2005

Sol na eira, chuva no nabal

Queixam-se os agricultores da chuva ausente que não faz medrar as couves e os tomates e terão carradas de razão, paletes de argumentos em prol da sua insatisfação com este Inverno seco.
Mas o Sol, meus amigos... o Sol... esta luz que aquece tardes e ilumina jardins convidativos a uma pausa no lufa-lufa, este Sol que dá cor e brilho aos campos e torna as cidades mais agradáveis, as pessoas mais bonitas e felizes, - excepção possível aos agricultores, esta não-saudade do cinzento do céu chuvoso, das poças de água, da lama, do negro dos guarda-chuvas, da roupa molhada e os pés frios, tudo o que o Sol afasta quando brilha assim em Janeiro.
Os agricultores? Como mal menor que dispam a farda e, connosco, recebam o afago deste calor ósculo que faz brilhar este Inverno. Com as inevitáveis águas de Abril que preencham, em duplicado e com cruzes nas razões opostas, secos & molhados, os impressos das seguradoras.