A mão a meditar
Entre a hipótese de a mão ter asas para voar um bom pedaço mais além, lida quando voa e fala, e a certeza de ver o mar da minha janela em agradáveis salpicos que serão tão eternos como são os anónimos livros que as mesmas mãos acariciam em caves de alfarrabistas, possibilidades não conciliáveis, como fazer? há escolha possÃvel entre o sonho multiplicado, um bom passo em frente já só então do voo da mão dependente, e a opção pelo pé de porta que, mero ano atrás, era inimaginável, Olimpo de mão que se preze de ver registo da sua existência alada?
Não acumulável; a escolha entre a modéstia segura de não querer chamar-se Peter, e ficarem as suas páginas amarelecidas e por encetar nas tais caves de alfarrabistas - também com algo digno e não só falhado nos seus poeirentos 'mil' anos, e a Ãnfima mais real hipótese de se ganhar o direito à s mesmas páginas que serão um dia velhas, mas com estatuto de segunda, terceira oportunidade de voar sempre um pouco mais além. Entre um pássaro que voou na mão, e a mão ela mesma a voar.
É selecção impossÃvel de acertar, é conselho que não se dá e por isso não se pede mas é meditação que faço enquanto penso que, se fosse comigo, escolheria uma dessas caves onde tantas mãos habitam para pensar e, quem sabe? decidir para onde tentar voar.
1 Comments:
Obrigada por partilhares comigo os teus sonhos!
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