quarta-feira, dezembro 01, 2004

Leitura de imprensa

Comprei o jornal Público já ao final da tarde e enquanto lia e pensava no pouco, estranhamente pouco...! que li na blogosfera, fui comentando:
Pág. 2 e 3: "O banquete dos barões assassinos": Está na hora e há carne para todos os gostos, além dos muitos lugares que vão vagar na mesa grande. Tanta coisa feia que vamos ler e ouvir nos próximos tempos...
Pág. 4: Quem és tu, Sócrates? Por favor pára com isso de armar em executivo e conta-nos. O que pensas, o que pensas fazer por nós, onde tu te incluías há uma dúzia de anos em que ninguém imaginava que te dessem uma prenda de Natal destas. Conta-nos, por favor. É urgente, é preciso, pois temos de começar 'a gostar' de alguém para melhor acreditarmos nele e segui-lo. Conta-nos, anda, nós estamos com os ouvidos mais abertos que alguma vez sonhaste. Pág. 5: Não leio mais, nada mais me interessa e deve ser tudo igual. A baixa política vem aí e os egos vão brilhar que nem candeias em noite escura, e vamos todos andar em bolandas para entender o que 'eles' dizem. Portanto, cabeça fria, e só olho bem aberto às presidenciais moçambicanas e às pequenas dissidências na Casa Branca, e chega. Vem para aí trabalho que é uma coisa louca, e há que proteger o coiro no princípio da farra. Vou ver os automóveis, pois a Auto Foco saiu mais cedo esta semana.
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Citada, pág 27: Parece que eu tinha razão quanto ao Chris Bangle (e mais alguns bons milhares, valha a verdade...). Na "bêéme" já accionaram travões e, se podem herdar do seu afastamento a prazo o picante das linhas revolucionárias que marcam esta triste década de seu reinado, também podem deixar de olhar para o umbigo e darem uma olhadela interessada ao 'que se pása' no resto do mundo da chapa em quatro rodas, e compreenderem que os fins-de-semana na Lua ainda estão algo distantes.
Pág. 29: Não se apressem em render o Maranello (e estão com o 'passo trocado' em relação a concorrentes directos na gama, actuais e futuros) e vão ver o pisar nas vendas que levam. Esta versão é 'mais do mesmo' e não conquista um único cliente novo. O maluco do Bangle aí estava a jogar em casa, tais os medos que correm pelos corredores da Fiat e subsidiárias.
Pág. 30 e segs.: O horror visual, isto já é epidérmico pois daquelas bandas não vem nada que me alegre a vista. O Ghosn, assim, não leva a água ao moinho. Espera-se que não leve designers para a Renault quando for seu presidente, dado que já lá mora um problema chamado Patrick Le Clément. Anexo ao resmungo a pág. 44; quando é que estes tipos vão à falência para eu ter descanso?
Fórmula 1 (última página): O que por aí vai... falam de três equipas e deixam-me pensativo, o que se passará nas outras... I love this game!
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(voltando ao Público)
Pág. 38: Ontem estava no café quando dava na TV o Fulham-Chelsea e depois em casa continuei a dar-lhe uma mirada interessada enquanto navegava por aqui. Que diferença, que empenho, que poucas quedas simuladas e faltas escusadas, que futebol! Um jogo, com muitos ou poucos milhões mas vê-se um jogo de futebol. A diferença entre a alienação pestilenta e o prazer desportivo, um mundo de diferenças.
Pág. 33: Só leio o título: "cidadão comum podia cometer os crimes de Abu Ghraib". Eu não, desculpem. Fiquei a saber que não sou um cidadão comum e, pelo exemplo encontrado, fiquei triste. É a minha bitola que está correcta, não a do tal 'cidadão comum'.
Pág. 31: Os pilotos, a Venezuela. O choque entre o sentimento nacionalista e o acreditar que a justiça está bem disseminada e é administrada por tribunais, que têm de ser insensíveis às condições em que os suspeitos se encontram detidos - a liberdade ou sua privação é decidida em relação à matéria dos autos e não da qualidade das instalações estatais existentes pois isso é tarefa do executivo e é a acção diplomática que terá de ser exigente nesse campo. Para já aguardarei. O julgamento está marcado para começar daqui a uma semana.
Nota final: Viva a democracia participada. Tudo correu e vai correr bem, sem armas ou fardas. Todas as vozes foram ouvidas e respeitadas, a popular fez soar mais alto a sua verdade prática ao formalismo institucional, estritamente legalista. É a minha mea culpa, mas também é esta satisfação em dormir tranquilo com metros de cama livres para me virar para o lado que quiser, com a certeza de que sou um homem livre cuja oração diária é acreditar que vale a pena ser justo.

1 Comments:

Blogger th said...

Bom para ler este post quase tive de descer aos infernos, e ontem escapou-me.
Talvez tenhas que ir ao "settings" e pôr isto direito.
Pensoeudeque!
Tens um mapa bué de bonito cá em baixo, com luzinhas a acencer e tudo...
TAMBEM QUERO!

quinta-feira, dezembro 02, 2004 5:27:00 da tarde  

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